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Esquema de propina da Odebrecht acontece desde o governo José Sarney

Nesses documentos, despontam importantes figuras do PSDB.




                                                                                       

Uma reportagem do jornalista Pedro Lopes  revela que o "esquema Odebrecht", que direciona percentuais de contratos públicos para pagamentos de propinas, opera, pelo menos, desde o governo do ex-presidente José Sarney.
Lopes obteve o "Livro de Códigos" da empreiteira, que detalha a "Relação de Parceiros", com os codinomes de políticos, agentes públicos e empresários relacionados às obras da Odebrecht nas quais teriam atuado.
Nesses documentos, despontam importantes figuras do PSDB. "Um dos nomes que aparecem é de Antonio Imbassahy, atual deputado federal pelo PSDB – que tinha o codinome 'Almofadinha', e estaria relacionado à obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy presidiu a Desenvale (Companhia do Vale do Paraguaçu) nos anos 1980, quando era filiado ao PFL. A Desenvale foi o órgão público responsável pela obra de Pedra do Cavalo", diz a reportagem.
"Também do PSDB, Arthur Virgílio, atual prefeito de Manaus, recebe o codinome 'Arvir'. Do PMDB, são citados Jader Barbalho ('Whisky'), atualmente senador, ligado à obra da BR-163, no Pará, e o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão ('Sonlo'). Os filhos do ex-presidente José Sarney, Fernando e José Filho, aparecem com os codinomes 'Filhão' e 'Filhote'; Roseana Sarney, como seu nome de casada, 'Roseana Murad', aparece como 'Princesa'", informa ainda.
"O esquema naquela época era mais ou menos como esse divulgado essa semana, só não tão organizado assim. Esse esquema de propina, de fraudar licitações, sempre existiu na empresa. Aliás em todas as grandes, o esquema sempre foi esse", disse ao jornalista a ex-funcionária Conceição Andrade, que antecedeu Maria Lúcia Tavares, delatora do esquema atual na Lava Jato. "Eram porcentagens de valores das obras. Era feito o fechamento, e determinava um percentual. A partir daí ocorria o superfaturamento e o pagamento. Tudo isso era feito através de transações bancárias e dinheiro. É bem semelhante ao que foi divulgado na Lava Jato, mas hoje tem um departamento específico para isso. Naquela época era feito em nível de gerência, mas acredito que tenha funcionado em diretoria e presidência também", completa Conceição.
Imbassahy e Virgílio negaram as acusações, dizendo manter relações institucionais com a Odebrecht.
Brasil 247

Esquema de propina da Odebrecht acontece desde o governo José Sarney

Nesses documentos, despontam importantes figuras do PSDB.




                                                                                       

Uma reportagem do jornalista Pedro Lopes  revela que o "esquema Odebrecht", que direciona percentuais de contratos públicos para pagamentos de propinas, opera, pelo menos, desde o governo do ex-presidente José Sarney.
Lopes obteve o "Livro de Códigos" da empreiteira, que detalha a "Relação de Parceiros", com os codinomes de políticos, agentes públicos e empresários relacionados às obras da Odebrecht nas quais teriam atuado.
Nesses documentos, despontam importantes figuras do PSDB. "Um dos nomes que aparecem é de Antonio Imbassahy, atual deputado federal pelo PSDB – que tinha o codinome 'Almofadinha', e estaria relacionado à obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy presidiu a Desenvale (Companhia do Vale do Paraguaçu) nos anos 1980, quando era filiado ao PFL. A Desenvale foi o órgão público responsável pela obra de Pedra do Cavalo", diz a reportagem.
"Também do PSDB, Arthur Virgílio, atual prefeito de Manaus, recebe o codinome 'Arvir'. Do PMDB, são citados Jader Barbalho ('Whisky'), atualmente senador, ligado à obra da BR-163, no Pará, e o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão ('Sonlo'). Os filhos do ex-presidente José Sarney, Fernando e José Filho, aparecem com os codinomes 'Filhão' e 'Filhote'; Roseana Sarney, como seu nome de casada, 'Roseana Murad', aparece como 'Princesa'", informa ainda.
"O esquema naquela época era mais ou menos como esse divulgado essa semana, só não tão organizado assim. Esse esquema de propina, de fraudar licitações, sempre existiu na empresa. Aliás em todas as grandes, o esquema sempre foi esse", disse ao jornalista a ex-funcionária Conceição Andrade, que antecedeu Maria Lúcia Tavares, delatora do esquema atual na Lava Jato. "Eram porcentagens de valores das obras. Era feito o fechamento, e determinava um percentual. A partir daí ocorria o superfaturamento e o pagamento. Tudo isso era feito através de transações bancárias e dinheiro. É bem semelhante ao que foi divulgado na Lava Jato, mas hoje tem um departamento específico para isso. Naquela época era feito em nível de gerência, mas acredito que tenha funcionado em diretoria e presidência também", completa Conceição.
Imbassahy e Virgílio negaram as acusações, dizendo manter relações institucionais com a Odebrecht.
Brasil 247

TRAGÉDIA EM OLIVEDOS: HOMEM SURTA, MATA O PRÓPRIO IRMÃO E DEIXA OUTRO GRAVEMENTE FERIDO




                                      

Por volta das 23h20 desta sexta-feira (25/03) a polícia militar registrou um homicídio e uma tentativa de homicídio que envolveu três irmãos agricultores da cidade de Olivedos, no Curimataú do estado.

Consta que Severino do Ramo Oliveira, de 57 anos, teve um “surto psicótico” e esfaqueou Bonald Arcelino de Oliveira, de 54, que morreu na hora.

O golpe profundo atingiu a axila.

Já o outro irmão esfaqueado, Carlos Arcelino de Oliveira, de 50, foi socorrido para o Hospital de Trauma em Campina Grande.

O estado de saúde dele é grave.

A polícia conseguiu levantar que o acusado, Severino do Ramo, tem problemas mentais, mas a mãe, também de acordo com a PM, disse que não tem “documentos” que comprovem essa deficiência.

O crime ocorreu no Bairro “Berra Bode”.

Severino foi preso em flagrante ainda com a faca do crime nas mãos e conduzido para a Delegacia de Soledade.


fonte: http://www.renatodiniz.com/

TRAGÉDIA EM OLIVEDOS: HOMEM SURTA, MATA O PRÓPRIO IRMÃO E DEIXA OUTRO GRAVEMENTE FERIDO




                                      

Por volta das 23h20 desta sexta-feira (25/03) a polícia militar registrou um homicídio e uma tentativa de homicídio que envolveu três irmãos agricultores da cidade de Olivedos, no Curimataú do estado.

Consta que Severino do Ramo Oliveira, de 57 anos, teve um “surto psicótico” e esfaqueou Bonald Arcelino de Oliveira, de 54, que morreu na hora.

O golpe profundo atingiu a axila.

Já o outro irmão esfaqueado, Carlos Arcelino de Oliveira, de 50, foi socorrido para o Hospital de Trauma em Campina Grande.

O estado de saúde dele é grave.

A polícia conseguiu levantar que o acusado, Severino do Ramo, tem problemas mentais, mas a mãe, também de acordo com a PM, disse que não tem “documentos” que comprovem essa deficiência.

O crime ocorreu no Bairro “Berra Bode”.

Severino foi preso em flagrante ainda com a faca do crime nas mãos e conduzido para a Delegacia de Soledade.


fonte: http://www.renatodiniz.com/

Pai abandona mãe de bebê com microcefalia na Paraíba



                                        

Ianka Mikaelle fez 18 anos dois dias depois que Sofia chegou ao mundo, no fim de janeiro. O diagnóstico de microcefalia veio aos sete meses de gravidez. E logo depois do primeiro golpe, Ianka recebeu o segundo: seu namorado, pai de seu primeiro filho, a abandonou.
“Ele disse que estava com nojo de mim, que me desprezava. Aí me deixou”, conta Ianka com Sofia no colo, embrulhada numa mantinha branca com a palavra “princesa” bordada em cor de rosa.
Casos como o da jovem se somam no ambulatório especializado em microcefalia do Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande, na Paraíba.
A unidade, montada às pressas em novembro do ano passado para responder ao repentino aumento de casos de microcefalia no Nordeste, vêm recebendo dezenas de bebês do interior do Estado para sessões de fisioterapia e acompanhamento médico, mas também para terapia individual ou em grupo para as mães.
Os dramas enfrentados pelas mulheres atendidas aqui se sobrepõem. Pobreza, gravidez precoce, abandono pelos parceiros — são problemas corriqueiros.
Jaqueline Loureiro, psicóloga da unidade, diz que todas as mulheres aqui têm padrões socioeconômicos baixos e muitas vivem apenas do Bolsa Família.
Diversas foram de fato abandonadas pelos parceiros, como Ianka; mas Jaqueline diz que há muitos outros casos de abandono velado. Os maridos ficam, mas não se fazem presentes. Ela calcula que apenas 10% das mulheres atendidas pelo ambulatório de fato recebem o apoio necessário dos maridos.
‘Não tem mais mulher nesta casa?’
Segundo Jaqueline, “muitas delas não recebem suporte nem financeiro, nem emocional [dos parceiros]. Porém, não se veem como tendo sido deixadas por não ter sido um abandono oficializado”.
— As mulheres têm que tomar a frente de tudo sozinhas. E a gente sabe que essa história está apenas começando.
O Nordeste, afirma ela, é uma região “predominantemente machista”, e isso se reflete nos relatos que as profissionais ouvem no ambulatório. A fisioterapeuta Jeime Leal diz que os maridos esperam que as mulheres continuem cuidando da casa.
— ‘Por que você não fez a janta? Não tem mais mulher nesta casa?’ Elas têm que ouvir cobranças como essas, além de todo o cuidado que precisam ter com a criança. São crianças que choram muito e requerem muitos cuidados. Às vezes elas passam noites e noites sem dormir.
Sem chance de trabalhar
Ianka largou a escola aos 15 anos, quando engravidou do primeiro filho. Pensava em voltar a estudar e estava procurando emprego quando engravidou de Sofia. Ela mora com os pais em Campina Grande a não tem e menor perspectiva de sair de casa.
“Lá em casa são nove pessoas, contando meus dois filhos. Só meu pai trabalha, ele é pedreiro. É um pouco difícil por causa disso. Eu durmo na cama dos meus pais com meu filho, a Sofia no berço, e meu pai e minha mãe dormem no chão. Eles cederam a cama para a gente”, diz sorrindo com um misto de vergonha e gratidão.
Na prática, muita da responsabilidade recai sobre a mãe de Ianka, Edivânia Barbosa de Lima, que a acompanha sempre ao hospital e é como se fosse uma mãe também para a neta.
— Ianka é muito dependente de mim. Como o rapaz não quis mais viver com ela, ela vive comigo e eu faço tudo por ela. Na hora de trocar o bebê, ela fala, ó, mãe, toma. Eu troco, com o maior amor. Não me queixo.
A maternidade precoce está na família. Edivânia também engravidou pela primeira vez aos 15 anos, e hoje, aos 36 anos, tem cinco filhos e os dois netos.
— Quando a Sofia nasceu, eu levei um choque muito grande quando a vi. Mas agora todo mundo lá em casa é louco por ela. No começo eu sofri muito pela situação, pelo probleminha dela. Mas acho que Deus só dá para você o que você pode cuidar. Vou fazer tudo que puder pela minha neta.
Demora no salário-benefício
A sala de espera do ambulatório no Pedro I se assemelha a uma sessão de terapia coletiva. Na tarde de uma quinta-feira, as mães conversavam animadamente, falavam de seus bebês, de suas famílias, de suas experiências. Há pausas pensativas, mas também gargalhadas.
Essa rotina se repete duas vezes por semana e, a essa altura, as mães parecem velhas amigas. Muitas levam horas para chegar de cidades vizinhas, buscadas de madrugada pela condução que vem sendo oferecida pela prefeitura.
Francileide Ferreira vem de Galante, município a cerca de meia hora de Campina Grande. Ela tem 30 anos e Rafael, de três meses, é seu quinto filho.
Somado, o dinheiro que recebe do Bolsa Família — R$ 200 por mês — e os bicos que o marido arranja não têm dado para comprar o leite em pó do Rafael, além de fraldas e pomadas. Ela tem pedido ajuda para as outras mães, as médicas e familiares.
“Dá vergonha, mas tem momento que a gente tem que se humilhar mesmo”, diz com um sorriso sem graça.
Francileide deu entrada no início do ano no pedido para receber o Benefício de Proteção Continuada, programa do governo que paga um salário mínimo a famílias de pessoas com deficiência que tenham renda mensal de até R$ 220.
O benefício é operado pelo INSS, e o trâmite demanda uma perícia tanto para comprovar a deficiência no bebê quanto para aferir o baixo padrão de renda.
Francileide só conseguiu agendar a visita da perícia para março, e enquanto isso continua dependendo da caridade dos outros. A história se repete entre as outras mães no ambulatório — a demora para conseguir o benefício faz com que muitas ainda não tenham se animado a tentar, como é o caso de Ianka.
‘Quando Deus dá, não tem problema não’
Francileide nos permite acompanhá-la até a sua casa, uma construção simples e inacabada numa rua de paralelepípedo em Galante; mas busca evitar a atenção dos vizinhos ao entrar em casa com uma equipe de reportagem.
A primeira coisa que faz é pedir para a filha mais velha, de 13 anos, preparar a mamadeira do Rafael — que parou de aceitar logo cedo o peito da mãe por dificuldade de sugar. Enquanto coloca o filho na banheira para tentar refrescar seu corpo franzino depois do trajeto quente na traseira de uma ambulância.
Ela veste o filho com um macaquinho branco com o desenho de um cachorro e uma meia esgarçada que fica caindo do seu pé — até que Francileide a prende com um elástico ao redor de seu tornozelo. A meia puída decerto passou por seus outros filhos; é estampada de micro-ônibus e caminhões, com a palavra “HERO” (herói) escrita em inglês.
O mosquiteiro sobre a cama de Francileide não foi suficiente para evitar as manchas vermelhas e dor nas juntas que apareceram no início da gravidez, com febre e dor de cabeça. Meses depois, ela soube que o filho tinha microcefalia e estava com “líquido na cabeça”.
“Achei estranho. Porque nunca tive filho assim, com problema. Aí o quinto ser assim. Nunca pensei em ter um filho assim”, conta, ninando o filho no colo, remédio certeiro contra o berreiro que acabara de abrir.
Francileide costumava trabalhar em lavouras na região. “Cultivava milho, feijão. Eu gostava. Mas agora não vou mais poder trabalhar”, diz ela, resignada.
“É mais trabalhoso, criança com deficiência. Mas Deus quis assim, e quando Deus dá, não tem problema não. Vou cuidar dele como cuidei dos outros”, diz ela, com a Bíblia a seu lado no sofá.
Fase de negação
Mas a fé das mães e a confiança no futuro das crianças às vezes deixa as profissionais no Hospital Pedro I com o coração na mão.
“Muitas delas ainda estão em negação”, afirma a psicóloga Jaqueline Loureiro.
— Os bebês têm comportamento similar a qualquer outra criança nessa fase de desenvolvimento. As dificuldades que essas crianças vão ter ainda não estão tão perceptíveis.
“A maioria imagina que é só o tamanho da cabeça. Falam que quando o cabelo começar a crescer, vai cobrir a cabeça, e ninguém vai perceber”, conta a fisioterapeuta Jeime Leal, acrescentando que muitas dizem não ver a hora de as crianças estarem correndo pelo corredor.
— Elas nem sempre têm noção de que esse tamanho vai fazer com que o cérebro não se desenvolva e a criança não alcance os objetivos que deveriam ser alcançados.
Não lhes cabe desconstruir essa esperança, afirmam elas — e sim procurar dar suporte para as mães ao longo de todas as fases do caminho.
BBC Brasil
via: nordeste1

Pai abandona mãe de bebê com microcefalia na Paraíba



                                        

Ianka Mikaelle fez 18 anos dois dias depois que Sofia chegou ao mundo, no fim de janeiro. O diagnóstico de microcefalia veio aos sete meses de gravidez. E logo depois do primeiro golpe, Ianka recebeu o segundo: seu namorado, pai de seu primeiro filho, a abandonou.
“Ele disse que estava com nojo de mim, que me desprezava. Aí me deixou”, conta Ianka com Sofia no colo, embrulhada numa mantinha branca com a palavra “princesa” bordada em cor de rosa.
Casos como o da jovem se somam no ambulatório especializado em microcefalia do Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande, na Paraíba.
A unidade, montada às pressas em novembro do ano passado para responder ao repentino aumento de casos de microcefalia no Nordeste, vêm recebendo dezenas de bebês do interior do Estado para sessões de fisioterapia e acompanhamento médico, mas também para terapia individual ou em grupo para as mães.
Os dramas enfrentados pelas mulheres atendidas aqui se sobrepõem. Pobreza, gravidez precoce, abandono pelos parceiros — são problemas corriqueiros.
Jaqueline Loureiro, psicóloga da unidade, diz que todas as mulheres aqui têm padrões socioeconômicos baixos e muitas vivem apenas do Bolsa Família.
Diversas foram de fato abandonadas pelos parceiros, como Ianka; mas Jaqueline diz que há muitos outros casos de abandono velado. Os maridos ficam, mas não se fazem presentes. Ela calcula que apenas 10% das mulheres atendidas pelo ambulatório de fato recebem o apoio necessário dos maridos.
‘Não tem mais mulher nesta casa?’
Segundo Jaqueline, “muitas delas não recebem suporte nem financeiro, nem emocional [dos parceiros]. Porém, não se veem como tendo sido deixadas por não ter sido um abandono oficializado”.
— As mulheres têm que tomar a frente de tudo sozinhas. E a gente sabe que essa história está apenas começando.
O Nordeste, afirma ela, é uma região “predominantemente machista”, e isso se reflete nos relatos que as profissionais ouvem no ambulatório. A fisioterapeuta Jeime Leal diz que os maridos esperam que as mulheres continuem cuidando da casa.
— ‘Por que você não fez a janta? Não tem mais mulher nesta casa?’ Elas têm que ouvir cobranças como essas, além de todo o cuidado que precisam ter com a criança. São crianças que choram muito e requerem muitos cuidados. Às vezes elas passam noites e noites sem dormir.
Sem chance de trabalhar
Ianka largou a escola aos 15 anos, quando engravidou do primeiro filho. Pensava em voltar a estudar e estava procurando emprego quando engravidou de Sofia. Ela mora com os pais em Campina Grande a não tem e menor perspectiva de sair de casa.
“Lá em casa são nove pessoas, contando meus dois filhos. Só meu pai trabalha, ele é pedreiro. É um pouco difícil por causa disso. Eu durmo na cama dos meus pais com meu filho, a Sofia no berço, e meu pai e minha mãe dormem no chão. Eles cederam a cama para a gente”, diz sorrindo com um misto de vergonha e gratidão.
Na prática, muita da responsabilidade recai sobre a mãe de Ianka, Edivânia Barbosa de Lima, que a acompanha sempre ao hospital e é como se fosse uma mãe também para a neta.
— Ianka é muito dependente de mim. Como o rapaz não quis mais viver com ela, ela vive comigo e eu faço tudo por ela. Na hora de trocar o bebê, ela fala, ó, mãe, toma. Eu troco, com o maior amor. Não me queixo.
A maternidade precoce está na família. Edivânia também engravidou pela primeira vez aos 15 anos, e hoje, aos 36 anos, tem cinco filhos e os dois netos.
— Quando a Sofia nasceu, eu levei um choque muito grande quando a vi. Mas agora todo mundo lá em casa é louco por ela. No começo eu sofri muito pela situação, pelo probleminha dela. Mas acho que Deus só dá para você o que você pode cuidar. Vou fazer tudo que puder pela minha neta.
Demora no salário-benefício
A sala de espera do ambulatório no Pedro I se assemelha a uma sessão de terapia coletiva. Na tarde de uma quinta-feira, as mães conversavam animadamente, falavam de seus bebês, de suas famílias, de suas experiências. Há pausas pensativas, mas também gargalhadas.
Essa rotina se repete duas vezes por semana e, a essa altura, as mães parecem velhas amigas. Muitas levam horas para chegar de cidades vizinhas, buscadas de madrugada pela condução que vem sendo oferecida pela prefeitura.
Francileide Ferreira vem de Galante, município a cerca de meia hora de Campina Grande. Ela tem 30 anos e Rafael, de três meses, é seu quinto filho.
Somado, o dinheiro que recebe do Bolsa Família — R$ 200 por mês — e os bicos que o marido arranja não têm dado para comprar o leite em pó do Rafael, além de fraldas e pomadas. Ela tem pedido ajuda para as outras mães, as médicas e familiares.
“Dá vergonha, mas tem momento que a gente tem que se humilhar mesmo”, diz com um sorriso sem graça.
Francileide deu entrada no início do ano no pedido para receber o Benefício de Proteção Continuada, programa do governo que paga um salário mínimo a famílias de pessoas com deficiência que tenham renda mensal de até R$ 220.
O benefício é operado pelo INSS, e o trâmite demanda uma perícia tanto para comprovar a deficiência no bebê quanto para aferir o baixo padrão de renda.
Francileide só conseguiu agendar a visita da perícia para março, e enquanto isso continua dependendo da caridade dos outros. A história se repete entre as outras mães no ambulatório — a demora para conseguir o benefício faz com que muitas ainda não tenham se animado a tentar, como é o caso de Ianka.
‘Quando Deus dá, não tem problema não’
Francileide nos permite acompanhá-la até a sua casa, uma construção simples e inacabada numa rua de paralelepípedo em Galante; mas busca evitar a atenção dos vizinhos ao entrar em casa com uma equipe de reportagem.
A primeira coisa que faz é pedir para a filha mais velha, de 13 anos, preparar a mamadeira do Rafael — que parou de aceitar logo cedo o peito da mãe por dificuldade de sugar. Enquanto coloca o filho na banheira para tentar refrescar seu corpo franzino depois do trajeto quente na traseira de uma ambulância.
Ela veste o filho com um macaquinho branco com o desenho de um cachorro e uma meia esgarçada que fica caindo do seu pé — até que Francileide a prende com um elástico ao redor de seu tornozelo. A meia puída decerto passou por seus outros filhos; é estampada de micro-ônibus e caminhões, com a palavra “HERO” (herói) escrita em inglês.
O mosquiteiro sobre a cama de Francileide não foi suficiente para evitar as manchas vermelhas e dor nas juntas que apareceram no início da gravidez, com febre e dor de cabeça. Meses depois, ela soube que o filho tinha microcefalia e estava com “líquido na cabeça”.
“Achei estranho. Porque nunca tive filho assim, com problema. Aí o quinto ser assim. Nunca pensei em ter um filho assim”, conta, ninando o filho no colo, remédio certeiro contra o berreiro que acabara de abrir.
Francileide costumava trabalhar em lavouras na região. “Cultivava milho, feijão. Eu gostava. Mas agora não vou mais poder trabalhar”, diz ela, resignada.
“É mais trabalhoso, criança com deficiência. Mas Deus quis assim, e quando Deus dá, não tem problema não. Vou cuidar dele como cuidei dos outros”, diz ela, com a Bíblia a seu lado no sofá.
Fase de negação
Mas a fé das mães e a confiança no futuro das crianças às vezes deixa as profissionais no Hospital Pedro I com o coração na mão.
“Muitas delas ainda estão em negação”, afirma a psicóloga Jaqueline Loureiro.
— Os bebês têm comportamento similar a qualquer outra criança nessa fase de desenvolvimento. As dificuldades que essas crianças vão ter ainda não estão tão perceptíveis.
“A maioria imagina que é só o tamanho da cabeça. Falam que quando o cabelo começar a crescer, vai cobrir a cabeça, e ninguém vai perceber”, conta a fisioterapeuta Jeime Leal, acrescentando que muitas dizem não ver a hora de as crianças estarem correndo pelo corredor.
— Elas nem sempre têm noção de que esse tamanho vai fazer com que o cérebro não se desenvolva e a criança não alcance os objetivos que deveriam ser alcançados.
Não lhes cabe desconstruir essa esperança, afirmam elas — e sim procurar dar suporte para as mães ao longo de todas as fases do caminho.
BBC Brasil
via: nordeste1

Homem de 40 anos é assassinado na noite desta sexta-feira em Nova Cruz

O corpo da vítima tinha perfurações de arma branca e a cabeça totalmente esmagada.



                                                       
Foto: Reprodução/Xua do Agreste



Um homem indentificado como Edinaldo Alves da Silva de 40 anos de idade, vulgo 'Naldo Trombadinha', foi morto na noite desta sexta-feira em Nova Cruz. A informação é do blog Xua do Agreste.
O crime aconteceu por trás da igreja do catolé, no bairro Santa Maria Gorete. Uma viatura do 8º BPM esteve no local após ser acionada e isolou o corpo até a chegada do ITEP para remoção do corpo.
O corpo da vítima, que era residente do bairro Planalto em Nova Cruz, tinha perfurações de arma branca e a cabeça totalmente esmagada. Ao lado do corpo, tinha uma pedra suja de sangue.
A Polícia Civil de Nova Cruz ficará a cargo das investigações para saber a motivação e autoria do crime.

por: Nova Cruz Oficial

Homem de 40 anos é assassinado na noite desta sexta-feira em Nova Cruz

O corpo da vítima tinha perfurações de arma branca e a cabeça totalmente esmagada.



                                                       
Foto: Reprodução/Xua do Agreste



Um homem indentificado como Edinaldo Alves da Silva de 40 anos de idade, vulgo 'Naldo Trombadinha', foi morto na noite desta sexta-feira em Nova Cruz. A informação é do blog Xua do Agreste.
O crime aconteceu por trás da igreja do catolé, no bairro Santa Maria Gorete. Uma viatura do 8º BPM esteve no local após ser acionada e isolou o corpo até a chegada do ITEP para remoção do corpo.
O corpo da vítima, que era residente do bairro Planalto em Nova Cruz, tinha perfurações de arma branca e a cabeça totalmente esmagada. Ao lado do corpo, tinha uma pedra suja de sangue.
A Polícia Civil de Nova Cruz ficará a cargo das investigações para saber a motivação e autoria do crime.

por: Nova Cruz Oficial

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